Biossegurança: a segurança em salões de beleza e estética

Biossegurança: a segurança em salões de beleza e estética

A biossegurança no Brasil surgiu da necessidade de estabelecer normas e procedimentos que garantissem a segurança biológica. Seja em laboratórios ou ambientes que lidam com organismos vivos, incluindo hospitais, clínicas, e indústrias biotecnológicas.

O marco mais significativo para a biossegurança no Brasil foi a criação da Lei de Biossegurança (Lei nº 8.974) em 1995. Regulamentando o uso de organismos geneticamente modificados e substâncias tóxicas. Nesse sentido, foram estabelecidos princípios e normas para proteger a saúde humana, animal, vegetal e o meio ambiente.

Da mesma forma, outra etapa crucial foi a criação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Passando a supervisionar as pesquisas, liberações comerciais e uso de organismos geneticamente modificados. Desse modo, esta estrutura foi criada para garantir que os avanços da biotecnologia no Brasil fossem realizados com segurança e dentro de normas éticas.

Além disso, a biossegurança também se expandiu para outras áreas, como o controle de infecções hospitalares e a segurança no trabalho em ambientes biológicos, como laboratórios e fábricas de biotecnologia.

Portanto, a biossegurança na estética e nos salões de beleza surgiu em resposta à crescente preocupação com a saúde e segurança tanto de profissionais quanto de clientes, diante do risco de infecções e contaminações cruzadas nesses ambientes. Esse movimento ganhou força à medida que os procedimentos estéticos se tornaram mais sofisticados e invasivos, aumentando o risco de transmissão de doenças.

O surgimento da biossegurança na estética

1. Aumento dos procedimentos com riscos biológicos: Procedimentos como depilação, design de sobrancelhas, tratamentos capilares, e o contato direto com a pele e fluidos corporais aumentaram a preocupação com o risco de transmissão de doenças. Por exemplo: Hepatites A B e C, HIV, Herpes, Onicomicose, Dermatites fúngicas, Tuberculose, gripe/resfriado, Tétano, Escabiose, Pediculose, Foliculite e demais infecções bacterianas.

2. Regulamentações sanitárias: A vigilância sanitária no Brasil, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e normas municipais e estaduais, começou a regulamentar o funcionamento de salões e clínicas estéticas. Impondo exigências como a esterilização de instrumentos, uso de materiais descartáveis e a higienização adequada dos ambientes.

3. Sensibilização dos profissionais: Com o aumento do conhecimento sobre a importância da biossegurança, profissionais da estética começaram a adotar práticas mais rigorosas. Evitando contaminações, como o uso de luvas, máscaras, aventais descartáveis, além da desinfecção de superfícies e equipamentos.

4. Educação e capacitação: A formação dos profissionais de estética começou a incluir treinamentos em biossegurança, tornando esses conhecimentos essenciais para o exercício da profissão. Cursos e treinamentos passaram a abordar mais detalhadamente a biossegurança. Por exemplo o uso correto de equipamentos, esterilização de instrumentos, descarte de materiais contaminantes, e a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

5. Pandemia de COVID-19: A pandemia acelerou a implementação e a fiscalização das normas de biossegurança em salões de beleza e clínicas estéticas, com novas exigências relacionadas ao distanciamento social, uso de máscaras, e maior rigor na higienização de superfícies e ferramentas.

A importância da biossegurança

Em suma, a biossegurança nos salões de beleza e estética emergiu como uma necessidade vital para proteger a saúde pública e assegurar que os ambientes de beleza sejam seguros, tanto para clientes quanto para os profissionais, evitando riscos de infecção e outros problemas.

Dentro das práticas da Biossegurança, é fiscalizado e exigido pela Vigilância Sanitária a Pasta Sanitária: documento físico ou digital mantido em estabelecimentos que realizam atividades que exigem controle sanitário. Ela contém todas as informações e registros relacionados à vigilância sanitária e ao cumprimento das normas de biossegurança e higiene.

Em conclusão, para saber mais informações sobre a Pasta Sanitária, e quais documentos exigidos pela Vigilância Sanitária e não correr o risco de ser notificado, faça o curso de Biossegurança que disponibilizamos em nossa plataforma.

Dr. Jhonatan Neto
Especialista em Tricologia e Biossegurança em Estética
Diretor Técnico Educacional da Hallon Dermocosméticos

CTA Hallon Dermocosméticos

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